
sábado, 26 de setembro de 2009
Desejo a você

Já não tenho dedos pra contar

Tudo Bem
Lulu Santos
Composição: Lulu Santos / Nelson Mottaquinta-feira, 24 de setembro de 2009
Lupicínio Rodrigues, Foi o inventor do termo "dor-de-cotovelo"!
Lupicínio Rodrigues
Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, RS, em 19 de setembro de 1914. Foi o inventor do termo "dor-de-cotovelo". Este termo, ao contrário do que se propagou como inveja - se refere à prática, comum nos bares, do homem ou mulher que se senta no balcão, crava os cotovelos no mesmo, pede um Whisky duplo, faz bolinhas com o fundo do copo e chora o amor que perdeu. Lupe, como era chamado desde pequeno, tinha três grandes paixões em sua vida: a música, o bar e as mulheres. A música poderia ter convivido com tranqüilidade com as outras duas, mas as mulheres em sua vida jamais entenderam ou conviveram com sua paixão pela boemia. Constantemente abandonado, Lupicínio buscava em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam abraçados, afogando as mágoas na mesa de um bar - onde, finalmente, conseguia unir suas paixões: amor, música e boemia. Com versos profundos, conseguia tocar todos os corações que paravam para ouvi-lo, dando, a cada um, a sua própria história. Ninguém soube, como ele, cantar a dor e a desilusão de forma tão genial, sem cair em clichês e lugares comuns. Todas as pessoas que um dia choraram um amor, ergueram sem dúvida um brinde a Lupicínio. Faleceu em Porto Alegre, RS, em 27 de agosto de 1974. TEXTO COPIA DESSE SITE: http://www.mpbnet.com.br/musicos/lupicinio.rodrigues/index.html FelicidadeFelicidade foi se embora |
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Este é o CARA!
sábado, 19 de setembro de 2009
MESMO ENTRE MIL TU ÉS ÚNICA

O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante….
- Bom dia – disse o príncipe.
- Bom dia – disse a flor.
- Onde estão os homens? – Perguntou ele educadamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
-Adeus – disse o principezinho.
-Adeus – disse a flor.
O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete. “De uma montanha tão alta como esta”, pensava ele, “verei todo o planeta e todos os homens…” Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.
- Bom dia! – disse ele ao léu.
- Bom dia… bom dia… bom dia… – respondeu o eco.
- Quem és tu? – perguntou o principezinho.
- Quem és tu… quem és tu… quem és tu… – respondeu o eco.
- Sejam meus amigos, eu estou só… – disse ele.
- Estou só… estou só… estou só… – respondeu o eco.
“Que planeta engraçado!”, pensou então. “É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz… No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro.”
Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens.
- Bom dia! – disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia! – disseram as rosas.
Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? – perguntou ele espantado.
- Somos as rosas – responderam elas.
- Ah! – exclamou o principezinho…
E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
“Ela teria se envergonhado”, pensou ele, “se visse isto… Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade…”
Depois, refletiu ainda: “Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso…”
E, deitado na relva, ele chorou.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia – disse a raposa.
- Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui – disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? – Perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa – disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras?
- Procuro os homens – disse o pequeno príncipe. – Que quer dizer “cativar”?
- Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não – disse o príncipe. – Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. Significa “criar laços”…
- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
- Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…
- É possível – disse a raposa. – Vê-se tanta coisa na Terra…
- Oh! Não foi na Terra – disse o principezinho.
- A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito – suspirou a raposa.
O Último discurso, do filme O Grande Ditador

"O Caminho da Vida
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)
Charles Chaplin