quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

FELIZ, Tempos Modernos, 2010



Tempos Modernos

Lulu Santos

vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...

Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não...

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir...

E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...

BBC à Mesa: Um continente de cervejas

A vida sorri para o brasileiro apreciador de cerveja quando este visita, pela primeira vez, um pub na Inglaterra ou uma kneipe na Alemanha.

Acostumado a escolher entre três ou quatro marcas de tipo e gosto bastante parecidos, este bravo consumidor (mais um ludibriado sofredor, pelo que insua um debate em andamento na Folha de São Paulo, que lançou a suspeita de que tres quartos da matéria-prima da cerveja no Brasil vem do milho) se vê na posição de uma criança solta numa fábrica de chocolates de primeira qualidade.

Na Europa - à exceção, talvez, dos países mediterrâneos - cada região produz uma cerveja distinta onde a bebida e sua produção estão ligadas a profundas tradições culturais e históricas.

Na Alemanha, por exemplo, existe um conjunto de regras, o Reinheitsgebot, que zela pela qualidade e pureza da bebida desde 1516. E a constituição municipal mais antiga do país, baixada pelo imperador do Frederico Barbaruiva em 1156 para a cidade de Augsburg, determinava punição para donos de estabelecimentos que servissem "cerveja ruim ou em dose injusta".

Ou seja, aqui há de tudo, do bom e do melhor. E com tanta coisa interessante e desconhecida sendo oferecida no balcão, a escolha muitas vezes acaba sendo feita na base do "uni-duni-tê".

Mas não temei, companheiros cervejeiros, pois o BBC à Mesa traz as dicas de três "especialistas" com vários anos de visitas a pubs e bares europeus nas costas.

de-koninck.jpgComeço com minhas opiniões:

A cerveja que costumo beber - Stella Artois

A Inglaterra é o país das ales e stouts, mas eu ainda prefiro as do tipo "lager" - como eles chamam a cerveja de baixa fermentação, como a pilsen, mais apreciada no continente europeu. Para muitos, a Stella é "a menos pior" das lagers vendidas nos pubs londrinos. A melhor pilsen que já provei é a Veltins alemã.

As melhores cervejas que provei na Europa - De Koninck e Veltins

Uma ale, cerveja de alta fermentação, de cor avermelhada, fabricada na Antuérpia, Bélgica. Ela é servida num copo criado especialmente para ela, em formato de taça. Encorpada, com leve gosto de caramelo. Já bebi ela em Londres e na Holanda. E a Veltins, alemã, tem que ser na garrafa - linda - mesmo.

Segue a colaboração (lacônica) do Akira van der S, músico (líder da banda dos anos 80 Akira S & As Garotas que Erraram) e dono de uma empresa de informática, que vive em Amsterdã:

A cerveja que costumo beber - Heineken (em casa e fora)

As melhores cervejas que provei na Europa - De Koninck, Duvel e Hoegaarden (com limão), todas belgas, as alemãs Paulaner (de trigo) e Veltins (pilsner), a Pilsner Urquell tcheca e a Guinness extra cold vendida nos pubs britânicos e irlandeses.

No próximo post, que lançarei ainda nesta semana, virá a valiosa contribuição do jornalista e ex-colega da BBC Brasil Rodrigo Amaral, que manja pacas do assunto, foi colaborador da revista Beers of the World e vive atualmente em Madri.

Um continente de cerveja II

Como prometido no post anterior, segue aqui a última parte sobre as melhores cervejas da Europa na opinião de um seleto rol de "especialistas".
Destes, o jornalista Rodrigo Amaral, ex-colega de BBC Brasil, ex-companheiro de copo no pub de Bush House, sede do Serviço Mundial da BBC ( sim, temos um pub em pleno local de trabalho), é sem dúvida o mais qualificado.
Ele manja pacas do assunto, foi colaborador da extinta revista Beers of the World e vive atualmente em Madri. Passo a bola para o Rodrigo.
As cervejas que costumo beber - Na Inglaterra, diria que as principais eram a Hooky Norton, a Deuchars IPA, Fuller's ESB e Summer Lightning, da Hopback.
As duas primeiras são ales ao mesmo tempo adocicadas, a princípio, e bem amargas no final, mas sem radicalizar em nenhum dos casos. A ESB é uma strong ale cremosa e caramelada, e uma das cervejas com o sabor mais rico que eu já provei. Já a Summer Lightning é uma golden ale, uma ale fabricada com algo de lúpulo de lager, normalmente tcheco. Na maior parte das vezes a golden ale fica parecendo uma lager, mas no caso da SL equilibra a suavidade da lager com o amargor das melhores ales. Um luxo para tomar no verão.
Aqui (em Madri), quando vou a um boteco, tomo a Mahou premium, que é a única espanhola de bater que dá para encarar na boa. A vantagem é que, sendo zona do euro, é razoavelmente fácil encontrar cervejas alemãs e belgas aqui a um preço razoável. Tenho tomado bastante, então, as helles da Späten e da HB (as helles são provavelmente meu estilo favorito), várias Franziskaner de trigo, tanto claras como escuras, e, especialmente, a Aventinus, a doppelbock da Schneider Weisse que é do baralho.
As melhores cervejas que provei na Europa - Vou ter que dar umas opções:

cerva.jpg
- A primeira garrafa de Aecht Schlenkerla Rauchbier, que comprei em uma loja especializada da City (centro financeiro de Londres) que depois fechou, foi uma revolução, com sabor de presunto defumado combinando com o início levemente adocicado mostrando que dá para conseguir combinações notáveis na fabricação da cerveja (algo outrora inimaginável para quem se criou à base de Skol e Antarctica).

- Uma pint de Double Hooky, uma double stout da Hook Norton, bebido no (pub) Ye Olde Bell, perto da catedral de St. Paul, em uma tarde de inverno (de tão cremosa parecia que dava para comer com uma colher).

- Uma pint de Chiswick bitter degustado in loco na fábrica da Fuller's, com um teor alcoólico leve, mas um sabor muito intenso e um final extremamente marcante (parecia que tinha mascado lúpulo) que eu lembro até hoje. Impressionante sabor para uma cerveja tão fraca.
- Uma meia pint de Crouch Vale Gold conseguida à base do cotovelaço durante o festival da cerveja no Olympia em 2006 - uma golden ale ainda melhor que a Summer Lightning, mas produzido por uma empresa minúscula de Essex e que é bem difícil de encontrar. Naquele ano havia sido eleita a melhor cerveja do festival e a disputa por um copo era encarniçada.
E vocês, caros amigos da cerveja, o que acham ? Cometemos alguma omissão escandalosa?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Beba saúde: sucos funcionais


GOURMET


Cinco receitas que refrescam e cuidam do bem-estar

Flavia Pegorin, especial para iG São Paulo

Verão sem suco é quase como praia sem sol – tem melancolia de mais e cores de menos. Com os termômetros em alta, a sugestão dos nutricionistas é consumir bebidas que hidratam, repõem energia, regulam a temperatura do corpo e nutrem o organismo, tudo ao mesmo tempo. Não, isso não é mágica. O segredo está em saber combinar os ingredientes.

“Preparados com frutas, verduras e grãos, os chamados sucos funcionais são aqueles que associam de forma correta esses produtos, para privilegiar e potencializar suas propriedades”, diz a nutricionista Ângela Lourenço, de São Paulo.

Dos triviais limão e laranja aos itens menos óbvios como o gengibre, é possível preparar toda a sorte de sucos com finalidades específicas. Tem receita para armazenar energia, melhorar o aspecto da pele e até combater a ressaca. Elas caem bem no café da manhã, no lanchinho da tarde ou mesmo para acompanhar uma refeição leve. Antes, porém, é preciso conhecer as características de cada ingrediente, daí a necessidade da orientação de um especialista na escolha e na combinação dos alimentos.


Duas dicas importantes:
- para que se alcance o efeito esperado, os sucos devem ser consumidos com certa regularidade
- além disso, precisam ser ingeridos imediatamente após o preparo para não perder as vitaminas

Cinco sucos funcionais


A nutricionista Juliana Menegazzi, da consultoria Saúde Viver, ensina a preparar sucos com finalidades específicas


>> para melhorar o aspecto da pele
Frutas de cor avermelhada, a exemplo do morango, são excelentes antioxidantes. Elas contêm licopeno, substância que combate os radicais livres causadores do envelhecimento precoce de todos os nossos órgãos. Também as frutas ricas em vitamina C, como a laranja e a manga, auxiliam na conservação do colágeno, proteína responsável por unir e fortalecer os tecidos da pele. A couve, rica em vitamina A, completa a receita oferecendo vitalidade e brilho.



Bata no liquidificador: 8 morangos, 200ml de suco de laranja, 1 fatia média de manga, 1 folha de couve, 3 cubos de gelo





>> para espantar o cansaço



A vitamina C é uma grande aliada quando o assunto é fadiga. O kiwi e a laranja são, portanto, boas opções nesse caso. Para completar a mistura, acrescente uma boa dose de carboidratos vindos da banana e do mel. Eles dão força extra ao organismo.



Bata no liquidificador: 1 kiwi descascado, 200ml de suco de laranja, meia banana, 1 colher (sopa) de mel, 3 cubos de gelo





>> para curar ressaca



Exagerou no álcool? Se pintar aquela ressaca desagradável no dia seguinte, a boa e velha recomendação de ingerir bastante liquido é infalível. As frutas ricas em água fazem milagres porque hidratam e nutrem o corpo ao mesmo tempo.



Bata no liquidificador: 2 fatias grossas de melancia, 1 fatia grossa de abacaxi, 8 folhas de hortelã, 4 cubos de gelo





>> para armazenar energia



Entram em cena os batidos mais encorpados, que ajudam a elevar a disposição. As duas receitas acima possuem boa carga de vitaminas e nutrientes. Elas são também mais calóricas por causa das presenças do açaí e do leite de coco. Vale lembrar, no entanto, a gordura presente nessas frutas auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e melhora o nível de HDL, o chamado colesterol bom.



Bata no liquidificador: 100ml de polpa de açaí congelada, 1 banana, 6 morangos, 300ml de água gelada OU 100ml de iogurte natural, 1 fatia de abacaxi, 2 colheres (sopa) de leite de coco, meia banana, 4 cubos de gelo




>> para manter o bronzeado



Aposte em frutas e vegetais de cor alaranjada, que são antioxidantes ricos em betacaroteno. Quando ingerida, nosso organismo é capaz de transformar essa susbtância em vitamina A. Esta, por sua vez, auxilia na formação de melanina, pigmento responsável por proteger a pele dos raios ultravioletas e por manter o bronzeado.



Bata no liquidificador: meio mamão, meia cenoura,1 fatia fina de beterraba, 200ml de suco de laranja, 3 cubos de gelo


Os projetos da Gurgel "A FRENTE DE SEU TEMPO?"


Os projetos da Gurgel

Por Carlini do Linux

Nassif,

como o espaço aqui é democrático, e com a proximidade do aniversário do falecimento do Gurgel, proponho discutirmos sobre essa pessoa, tão injustiçada no Brasil.

Gurgel foi um empresário à frente de seu tempo, um inventor, indevidamente chamado de sonhador…

Por exemplo, o projeto Delta do carro popular, em 1992 ele propunha algo que a indiana tata motors foi fazer somente agora, 16 anos depois, o tata nano, um carro de baixíssimo custo para os mercados emergentes.

Existe muita coisa obscura na história da falência da montadora de Rio Claro, a única genuinamente nacional. Por que o governo não ajudou essa empresa? sendo que em qualquer país desenvolvido é comum esse tipo de ajuda, por exemplo, a Chrysler teve aportes do governo americano na ordem de US$ 1,3 bi no início dos anos oitenta, ao passo que ao Gurgel fora negado R$ 20 mi no ano de 92/3.

Por que os governos estaduais (SP – governo de Fleury / CE – governo de Ciro Gomes) desistiram do projeto delta, sendo que estes aviam apoiado a iniciativa, será que cederam ao lobby das multinacionais? Afinal, eles haviam entrado como avalistas, por que não desistiram no início? o que o Ciro Gomes ganhou com isso? Hoje ele “posa” de desenvolvimentista, mas afinal será mesmo? – cabe ressaltar que nesta época ele era do PSDB….

E o Elcio Alvares (DEM-ES) então ministro, porque recusou o pedido de ajuda? Bom, se fossem políticos de outras legendas, a situação poderia ter sido outra?

Cabe frisar que nos anos 90, a exceção do Brasil (com o Gurgel e Engesa) e da Rússia (com os lada/autovaz), nenhum país dos BRIC possuía uma montadora nacional, atualmente qual o único que não possui? justamente o Brasil…. Então eu pergunto, foi certo a forma como o governo Collor abriu o mercado? Foi certo como o governo Itamar conduziu a situação? E as participações do Ciro Gomes e do Fleury?

Bom, sei que muitos dirão que os carros do Gurgel eram feios, antiquados, etc… mas da pra começar fazendo o top? como começaram os carros chineses/indianos e como estão hoje? Cabe aqui a reflexão, quão desenvolvida estaria a tecnologia da industria automobilística nacional agora, 18 anos depois?

E antes que perguntem, sim, sou um entusiasta da industria nacional e de carros antigos, e logo logo, realizarei meu sonho de possuir um exemplar do Supermini, na minha opinião, o melhor carro urbano dos anos 90.

Postado por Raimundo Couto

A última sexta-feira (31) foi marcada pelo falecimento do engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, aos 83 anos, um visionário que acreditou até o fim de sua vida na possibilidade do Brasil contar com uma fábrica (e não montadora) de automóveis. Engenheiro, formado pela Escola Politécnica de São Paulo, dedicou sua vida no estudo da tecnologia automobilística.

Ousado e muitas vezes incompreendido o arrojo e o empreendedorismo marcaram sua trajetória. Tão logo se formou partiu para os Estados Unidos onde fez pós-graduação e trabalhou como estagiário na Buick Motor Corporation e na General Motors Truck and Coach Corporation. No retorno ao Brasil não demorou em abrir seu próprio negócio: uma fábrica de luminosos de plástico. Mas não era esta a atividade que o deixava feliz. Paralelamente Gurgel começava de forma incipiente a fabricar karts para competição.

O negócio se estendeu para produção artesanal de minicarros para crianças. Eram mini-Mustangs e mini-Karmann Ghias, com motores de 3 cavalos. Em 1969 fundou a Gurgel Motores, a primeira fábrica de veículos genuinamente brasileira. Logo no primeiro ano de existência lançou o Ipanema, um buggy fabricado sobre a plataforma da Volkswagen. O carro caiu nas graças especialmente de fazendeiros como substituto do Jeep.

Em 1973, a empresa lançou o jipe Xavante, o primeiro sucesso de venda da Gurgel. O carro logo agradou ao público, por sair da concepão tradicional do buggy, e ao Exército brasileiro, que fez grande encomenda. A ousadia que marcou sua história viria a ter maior repercussão no começo dos anos 80, quando o engenheiro propõe ao mercado um projeto pioneiro de carro elétrico, em um tempo que não era comum a preocupação com ecologia. Sua empresa conseguiu exportar parte de sua produção, composta por dez modelos diferentes, para países como Arábia Saudita e Bolívia.

O mais famoso dos automóveis fabricados por Gurgel foi o BR -800, um compacto feito (como todos os outros de sua fábrica) em fibra de vidro e utilizando a mecânica Volkswagen. A abertura do mercado a veículos importados e a falta de recursos financeiros levaram a falência indústria de Gurgel, em meados dos anos 90. João Augusto do Amaral Gurgel sofria do mal de Alzheimer, há oito anos, e estava internado no Hospital São Luiz , em São Paulo.
Atualizado em 03/02/2009 - 13:31:00
Não entendo
O Brasil ter uma fabrica de JATOS e aviões comerciais de médio e pequeno porte e não ter nenhuma tecnologia AUTOMOBILISTICA BRASILEIRA.
Até a TROLLER foi vendida...
ASSIM VAI