segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Qual o Valor de 1.000 pés de Laranja para 21 mortos?

Primeiramente: antes de mais nada quero deixar bem claro que apoio o MST mas não concordo com a forma como eles conduzem.
Segundo: o fato do ocorrido não justifica o outro
Terceiro: assim como os dois orgãos que vou me referir a seguir tem pessoas preparadas e passado honroso como tem uma pequena parte que acaba com toda uma filosofia ou planejamento.
Extrai dois textos um da WIKIPEDIA e o outro da agência O GLOBO de noticias.
Vendo a TV realmente fiquei chocado com aquela imagem de um trator derrubando aqueles pés de laranjas, para ser mais exato 1.000 pés no universo de 1 milhão de pés, que passaram 5 anos de cuidados e manejos para ser produtiva.
Segundo os sem terras disseram que derruabaram as arvores para plantar feijão (Manifestantes negam ter destruído laranjal Os manifestantes dizem que apenas cortaram algumas árvores para plantar feijão).
Mas por hora vamos esquecer essas desculpas e voltar ao ano de 1996 onde ocorrereu mas precisamente município de Eldorado dos carajás (PA) onde foram mortos 19 sem terras na mesma hora e mais 2 mortos em decorrência do do ATAQUE DA POLICIA MILITAR LOCAL. O Evento ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás.
Bem vamos a uma simples Matemática a imprensa Chamou de Barbárie ver o Trator passando por cima de 1000 Grandes Pés produtivos de Laranja. Alguns programas matinais das grandes emissoras,(esses mesmo que falam sobre culinária, moda e fofoca dos famosos), falaram até em um grande crime ambiental e social.
Agora você divida 1000 por 1000.000 de árvores que dá o resultado de 0,1% de pobres pés de Laranja.
Agora voltando ao massacre, que você pode ler melhor abaixo os dois textos, faça uma conta de 1.500 sem terras entre eles 21 vitimas, Seres humanos que se tiveram ou ainda iriam ter uma vida pela frente, e divida por 19, vamos deixar os 2 de fora pois morte sequelas não conta chegaremos a uma porcentagem baixa também que é de 1,27%.
É a mesma coisa de um pequeno bloco dessas "MICARETAS" pelo o Brasil a fora, carnavais fora de época, com 1.500 pessoas composto por classe média e se revoltasse contra a POLICIA MILITAR e a mesma começassem a atirar e matarem 19 amigos ou pessoas de seu convívio direto ou indireto.
Então não venham condenar um movimento por uma ação irresponsável esse mesmo movimento tem muito mais histórias bonitas do que mortes de simples 1.000 plantas cultiváveis que em 5 anos estaram produzindo outra vez.
E Também não vamos condenar toda a policia do Brasil por atos isolados e nem mesmo as ONG´s que envolvem os sem terras.
Então quanto vale 1 vida em comparação a 1000 pés de Laranjas?


MST destrói, com trator, pés de laranja de fazenda invadida em SP

O Globo - 06 de outubro de 2009



TRATOR É flagrado derrubando pés de laranja; de acordo com a polícia, pelo menos mil foram destruídos

SÃO PAULO. Invasores do Movimento dos Sem Terra (MST) destruíram pelo menos mil pés de laranja de uma fazenda no Centro-Oeste paulista. Eles querem forçar a desapropriação da área, que é produtiva. A sede foi tomada pelos sem-terra, que fecharam a entrada e picharam a portaria. A empresa que administra a fazenda entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse, já concedido pelo juiz.

Imagens feitas a partir de um helicóptero mostram o momento em que um trator derrubou tudo o que encontrou pela frente.

De acordo com a polícia, pelo menos mil árvores foram danificadas pelos sem-terra. Na fazenda há um milhão de pés de laranja plantados.

Manifestantes negam ter destruído laranjal Os manifestantes dizem que apenas cortaram algumas árvores para plantar feijão: - Não destruímos nada, retiramos os pés de laranja para garantir o plantio de feijão porque ninguém vive só de laranja - afirmou Claudete Pereira de Souza, coordenadora do movimento.

A Justiça tinha determinado a saída do grupo da área, mas, segundo os coordenadores do MST, a decisão que estava na esfera estadual passou para a federal. Eles informaram que continuarão no local sem prazo para sair.

A empresa dona da plantação não se manifestou sobre as imagens. A assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que as terras da fazenda não pertencem à União.

Segundo os sem-terra, a propriedade é considerada improdutiva, apesar do plantio de laranjas.

O processo de desapropriação não tem prazo para ser concluído.



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O Massacre de Eldorado dos Carajás foi a morte de dezenove sem-terra que ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul doPará, Brasil decorrente da ação da polícia do estado do Pará.

Dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Estado do Pará. O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodoviaPA-150, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado.

Cruz marca o local do massacre em Eldorado dos Carajás

O episódio se deu no governo de Almir Gabriel, o entãogovernador. A ordem para a ação policial partiu do Secretário de Segurança do Pará,Paulo Sette Câmara, que declarou, depois do ocorrido, que autorizara "usar a força necessária, inclusive atirar". De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os policiais chegaram ao local jogando bombas de gás lacrimogêneo. Os sem-terra revidaram com foices, facões, paus e pedras. A polícia, acuada pelo revide inesperado, recuou atirando - primeiramente para o alto, e depois, como os sem-terra não se intimidaram e continuaram o ataque, a policia atirou na direção dos manifestantes. Dezenove pessoas morreram na hora, outras duas morreram anos depois, vítimas das seqüelas, e outras sessenta e sete ficaram feridas.

Segundo o legista Nelson Massini, que fez a perícia dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados. Sete lavradores foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões.

O comando da operação estava a cargo do coronel Mário Pantoja de Oliveira, que foi afastado, no mesmo dia, ficando 30 dias emprisão domiciliar, determinada pelo governador do Estado, e depois liberado. Ele perdeu o comando do Batalhão de Marabá. Oministro da Agricultura, Andrade Vieira, encarregado da reforma agrária, pediu demissão na mesma noite, sendo substituído, dias depois, pelo senador Arlindo Porto.

Uma semana depois do massacre, o Governo Federal confirmou a criação doMinistério da Reforma Agrária e indicou o então presidente do Ibama, Raul Jungmann, para o cargo de ministro. José Gregori, que na época era chefe de gabinete do então ministro da Justiça, Nelson Jobim, declarou que "o réu desse crime é a polícia, que teve um comandante que agiu de forma inadequada, de uma maneira que jamais poderia ter agido", ao avaliar o vídeo do confronto.

O então presidente Fernando Henrique Cardoso determinou que tropas doexército fossem deslocadas para a região em 19 de abril com o objetivo de conter a escalada de violência. O presidente pediu a prisão imediata dos responsáveis pelo massacre.

O ministro da Justiça, Nelson Jobim, juntou-se às autoridades policiais e do Judiciário, no Pará, a pedido do governo federal, para acompanhar as investigações. O general Alberto Cardoso, ministro-chefe da Casa Militar da Presidência da República, foi o primeiro representante do governo a chegar a Eldorado dos Carajás.

Índice

[esconder]

[editar]Um dos responsáveis

No começo de maio de 1996, o fazendeiro Ricardo Marcondes de Oliveira, de 30 anos, depois, responsabilizando o dono da fazenda Macaxeira pela matança. Ele o acusou de ter pago propina para que a Polícia Militar matasse os líderes dos sem-terra. Ele mesmo teria sido procurado para contribuir na coleta. O dinheiro seria entregue ao coronel Mário Pantoja, comandante da PM de Marabá, que esteve à frente da operação que resultou no massacre. Nenhum fazendeiro ou jagunço foi indiciado no inquérito da Policia Civil, mas esta testemunha foi indiciada por falso testemunho. Na ocasião, o advogado Juvelino Strozake, do MST, em São Paulo, reagiu afirmando ironicamente "que só está faltando o delegado indiciar os 19 lavradores que foram mortos pela polícia".

[editar]Envolvidos

Desenho ilustrando o massacre.(Autor:Carlos Latuff)

Os 155 policiais militares que participaram da operação foram indiciados sob acusação de homicídio pelo Inquérito Policial Militar (IPM). Esta decisão foi tomada porque não havia como identificar os policiais que executaram os trabalhadores rurais. Em outubro do mesmo ano, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, determinou que a Polícia Federal reconstituísse o inquérito, pois estava repleto de imperfeições técnicas. Neste parecer, Brindeiro diz ainda que o governador Almir Gabriel autorizou a desobstrução da estrada e que, portanto, tinha conhecimento da operação. No final do ano, o processo, que havia sido desdobrado em dois volumes, ainda estava parado no Tribunal de Justiça de Belém, que trata dos crimes de lesões corporais, e no Fórum de Curionópolis, que ficou encarregado dos homicídios. Todos os PMs continuavam impunes.

[editar]Memorial

O Monumento Eldorado Memória, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para lembrar as vítimas do massacre dos sem-terra, inaugurado no dia 7 de Setembrode 1996, em Marabá, foi destruído dias depois. Um dos líderes dos sem-terra do Sul do Pará afirmou que a destruição foi encomendada pelos fazendeiros da região. O arquiteto disse que já esperava por isto. "Aconteceu o mesmo quando levantamos o monumento em homenagem aos operários mortos pelo Exército na ocupação da CSN, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro", comentou.

[editar]Ligações externas

domingo, 18 de outubro de 2009

Honduras: Quando Justiça, Congreço e Forças Armada São Maiores do que o EXCUTIVO!

Manuel Zelaya pretendia realizar um referendo sobre a Constituição

AMÉRICA LATINA BBC BRASIL

Entenda a origem da crise em Honduras

A crise política em Honduras que levou à detenção e ao exílio do presidente Manuel Zelaya, no fim de junho, teve origem num enfrentamento do mandatário com os outros poderes estabelecidos do país: o Congresso, o Exército e o Judiciário.

A BBC preparou uma série de perguntas e respostas que ajudam a explicar como se produziu a crise.

- Qual a origem da crise?

O presidente Manuel Zelaya queria que as eleições gerais de 29 de novembro - quando seriam eleitos o presidente, congressistas e lideranças municipais - tivesse mais uma consulta, sobre a possibilidade de se mudar a Constituição do país.

Segundo sua proposta, os eleitores decidiriam nessa consulta se desejavam que se convocasse uma Assembleia Constituinte para reformar a Carta Magna.

Os críticos de Zelaya afirmam que sua intenção era mudar o marco jurídico do país para poder se reeleger, o que é vetado pela atual Constituição.

- O que se planejava para o domingo da deposição de Zelaya?

Seria uma consulta sobre a consulta.

Os eleitores teriam que responder sim ou não à seguinte pregunta: "Está de acordo com que nas eleições gerais de novembro de 2009 se instale uma quarta urna para decidir sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte que aprove uma nova Constituição política?".

- O que decidiu o Congresso sobre a consulta?

O Congresso hondurenho aprovou uma nova lei que regulamenta os referendos e os plebiscitos e invalidava juridicamente a consulta.

A nova legislação impedia a realização de consultas 180 dias antes e depois das eleições gerais.

O então presidente do Congresso, Roberto Micheletti, que era do mesmo partido que Zelaya, o Partido Liberal, afirmou que a consulta não teria validade jurídica e que pela atual Constituição ela seria considerada um delito.

A proposta de Zelaya era rechaçada por Micheletti, que afirmava que o presidente pretendia se perpetuar no poder.

- Zelaya pretendia se lançar candidato à reeleição?

O mandato de Zelaya terminaria em janeiro de 2010, e a atual Constituição veta a reeleição do presidente.

Zelaya, que foi eleito em 2005, negou que pretendesse continuar no poder além dos quatro anos para os quais foi eleito.

Segundo ele, uma eventual mudança constitucional seria válida apenas para seus sucessores.

- Qual a posição do Exército?

Zelaya havia destituído o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, o general Romeo Vázquez, que havia se negado a apoiar a logística para a consulta de junho, declarada ilegal pelo Congresso.

Após a demissão de Vázquez, o ministro da Defesa, Ángel Edmundo Orellana, e outros comandantes militares também renunciaram.

Porém a remoção de Vázquez ordenada por Zelaya foi revertida pela Suprema Corte de Justiça, que aceitou dois recursos contra a decisão do presidente.

O Exército mobilizou na sexta-feira anterior à consulta efetivos para prevenir possíveis distúrbios por parte de organizações populares e indígenas, que apoiam Zelaya.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090628_honduras_qanda_rw.shtml

sábado, 17 de outubro de 2009

Trabalho morto: Marx e Lênin mereceriam Nobel de Economia



Sei que esse assunto é chato e pesado mas se você LER esse texto abaixo.

Vai ver que Não é como parece ser!


Trabalho morto: Marx e Lênin mereceriam Nobel de Economia

Marx previu a miséria crescente dos trabalhadores e Lênin previu a subordinação da produção de bens à acumulação de lucros do capital financeiro com a compra e venda de instrumentos de papel. As suas previsões são de longe superiores aos "modelos de risco" aos quais tem sido atribuído o Prêmio Nobel e estão mais próximos da moeda do que as previsões do presidente do Federal Reserve, de secretários do Tesouro dos EUA e de economistas nobelizados tais como Paul Krugman, o qual acredita que mais crédito e mais dívida são a solução para a crise econômica. A análise é de Paul Craig Roberts.
Paul Craig Roberts (*) - Counterpunch
"O capital é trabalho morto, o qual, como um vampiro, vive apenas para sugar o trabalho vivo, e quanto mais sobreviver, mais trabalho sugará". (Karl Marx)

Se Karl Marx e V. I. Lênin hoje estivessem vivos, seriam os principais candidatos ao Prêmio Nobel de Ciência Econômica.

Marx previu a miséria crescente dos trabalhadores e Lênin previu a subordinação da produção de bens à acumulação de lucros do capital financeiro com a compra e venda de instrumentos de papel. As suas previsões são de longe superiores aos "modelos de risco" aos quais tem sido atribuído o Prêmio Nobel e estão mais próximos da moeda do que as previsões do presidente do Federal Reserve, de secretários do Tesouro dos EUA e de economistas nobelizados tais como Paul Krugman, o qual acredita que mais crédito e mais dívida são a solução para a crise econômica.

Na primeira década do século XXI não houve qualquer aumento no rendimento real dos trabalhadores americanos. Houve sim um declínio agudo na sua riqueza. No século XXI os americanos sofreram dois grandes crashes no mercado de acções e a destruição da sua riqueza imobiliária.

Alguns estudos concluíram que os rendimentos reais dos americanos, excepto para a oligarquia financeira dos super ricos, são menores hoje do que na década de 1980 e mesmo da de 1970. Não examinei estes estudos de rendimento familiar para determinar se eles foram enviesados pelo aumento nos divórcios e pela percentagem de famílias monoparentais. Contudo, durante a última década é claro que o salário líquido real declinou.

A causa principal deste declínio é a deslocalização (offshoring) de empregos americanos de alto valor acrescentado. Tanto empregos na manufatura como em serviços profissionais, tais como engenharia de software e trabalho com tecnologia de informação, foram relocalizados em países com forças de trabalho grandes e baratas.

A aniquilação de empregos classe média foi disfarçada pelo crescimento na dívida do consumidor. Quando os rendimentos dos norteamericanos cessaram de crescer, a dívida do consumidor expandiu-se para substituir o crescimento do rendimento e manter a procura do consumir em ascensão. Ao contrário de aumentos nos rendimentos do consumidor devidos ao crescimento da produtividade, há um limite para a expansão do endividamento. Quando aquele limite é atingido, a economia cessa de crescer.

A pauperização dos trabalhadores não resultou do agravamento de crises de super-produção de bens e serviços mas sim do poder do capital financeiro para forçar a relocalização da produção para mercados internos em terras estrangeiras. As pressões da Wall Street, incluindo pressões de tomadas de controle (takeovers), forçaram firmas manufatureiras americanas a "aumentar os rendimentos dos acionistas". Isto foi feito pela substituição de trabalho americano por trabalho barato estrangeiro.

Corporações deslocalizadas ou que passam a encomendar fora a sua produção manufactureira, divorciando portanto os rendimentos dos americanos da produção dos bens que eles consomem. O passo seguinte no processo aproveitou-se da alta velocidade da Internet para mover empregos em serviços profissionais, tais como engenharia, para fora. O terceiro passo foi substituir o resto da força de trabalho interna por estrangeiros trazidos para cá a um terço do salário com o H-1B [1] , L-1 [2] e outros vistos de trabalho.

Este processo pelo qual o capital financeiro destruiu as perspectivas de emprego de norteamericanos foi endossado pelo economistas do "livre mercado", os quais receberam privilégios pela deslocalização de firmas em troca da propaganda de que os americanos beneficiar-se-ia com uma "Nova Economia" baseada em serviços financeiros, e pelos seus sócios no negócio da educação, os quais justificavam vistos de trabalho para estrangeiros com base na mentira de que a América produz poucos engenheiros e cientistas.

Nos dias de Marx, a religião era o ópio das massas. Hoje são os media. Basta ver a informação dos media que facilita a capacidade da oligarquia financeira de iludir o povo.

A oligarquia financeira está a anunciar uma recuperação enquanto o desemprego nos EUA e os arrestos de lares estão em aumento. Este anúncio deve a sua credibilidade às altas posições de onde vêem, aos problemas de informação sobre folhas de pagamento que exageram o emprego e à eliminação para dentro do buraco da memória de qualquer americano desempregado durante mais de um ano.

Em 2 de Outubro o estatístico John William do www.shadowstats.com informou que o Bureau of Labor Statistics havia anunciado uma revisão da sua estimativa preliminar do indicador anual do emprego em 2009. O BLS descobriu que o emprego em 2009 fora super-declarado em cerca de um 1 milhão de postos de trabalho. John Williams acredita que a diferença foi realmente de dois milhões de postos de trabalho. Ele informa que "o modelo nascimento-morte actualmente acrescenta [um ilusório] ganho líquido de cerca de 900 mil empregos por ano à informação sobre emprego".

O número de empregos nas folhas de pagamentos não agrícolas é sempre a manchete da informação. Contudo, Williams acredita que o inquérito às famílias de desempregados é estatisticamente mais correcto do que o inquérito às folhas de pagamento. O BLS nunca foi capaz de reconciliar a diferença nos números nos dois inquéritos ao emprego. Na sexta-feira passada, o número de empregos perdidos apresentado nas manchetes era de 263 mil para o mês de Setembro. Contudo, o número no inquérito às famílias era de 785 mil empregos perdidos no mês de Setembro.

A manchete da taxa de desemprego de 9,8% é uma medida reduzida ao essencial que em grande medida subdeclara o desemprego. As agências de informação do governo sabem disto e relatam outro número de desempregados, conhecido como U-6. Esta medida do desemprego nos EUA fixava-se nos 17% em Setembro de 2009.

Quando os trabalhadores desencorajados pelo desemprego a longo prazo são acrescentados outra vez ao total dos desempregados, a taxa de desemprego em Setembro de 2009 eleva-se a 21,4%.

O desemprego de cidadãos americanos poderia realmente ser ainda mais alto. Quando a Microsoft ou alguma outra firma substitui milhares de trabalhadores americanos por estrangeiros com vistos H-1B, a Microsoft não relata um declínio de empregados na folha de pagamento. No entanto, vários milhares de americanos ficam então sem empregos. Multiplique isto pelo número de firmas dos EUA que estão apoiar-se em companhias estrangeiras fornecedoras de mão-de-obra para tecnologia de informação ("body shops") para substituir a sua força de trabalho americana com trabalho barato estrangeiro ano após ano e o resultado são centenas de milhares de desempregados americanos não relatados.

Obviamente, com mais de um quinto da força de trabalho americana desempregada e os remanescentes enterrados em hipotecas e dívidas de cartões de crédito, a recuperação económica não está no quadro.

O que está acontecendo é que as centenas de milhares de milhões de dólares de dinheiro do TARP dado aos grandes bancos e os milhões de milhões (trillions) de dólares que foram acrescentados ao balanço da Reserva Federal foram despejados no mercado de acções, produzindo uma outra bolha, e na aquisição de bancos mais pequenos por bancos "demasiado grandes para falir". O resultado é mais concentração financeira.

A expansão da dívida subjacente a esta bolha corroeu novamente a credibilidade do dólar como divisa de reserva. Quando o dólar começar a ir, tomadores de decisão em pânico elevarão as taxas de juros a fim de proteger a capacidade de contração de empréstimos do Tesouro. Quando as taxas de juros ascendem, o que resta da economia dos EUA afundará.

Se o governo não pode contrair empréstimos, ele imprimirá dinheiro para pagar as suas contas. A hiper-inflação atingirá a população norteamericana. O desemprego maciço e a inflação maciça infligirão ao povo norteamericano uma miséria que nem mesmo Marx e Lênin poderiam conceber.

Enquanto isso, economistas da América continuam fingindo que estão lidando com uma recessão normal do pós-guerra que requer meramente uma expansão da moeda e do crédito a fim de restaurar o crescimento econômico. 07/Outubro/2009

[1] H-1B: categoria de visto para não imigrantes que permite ao patronato dos EUA procurar ajuda temporária de estrangeiros qualificados que tenham bacharelado.

[2] L-1: documento de visto para entrar nos EUA como não imigrante e válido por períodos de tempo de até três anos. São geralmente concedidos para empregados de companhias internacionais com escritórios nos EUA.

[*] Ex-secretário assistente do Tesouro na administração Reagan, co-autor de The Tyranny of Good Intentions. (PaulCraigRoberts@yahoo.com)

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/roberts10072009.html

Este artigo (em português) encontra-se em http://resistir.info/.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DITADURA hondurenha e Futebol tudo haver!


Vi esse filme na copa 1970, Enquanto se torturava, sucateava e escreviam uma história suja no nosso BRASIL recente.
O Governo usava o FUTEBOL para encobrir a sujeira de uma NAÇÃO.
Tática essa que "O GOVERNO INTERINO" hondurenho esta fazendo para o povo esquecer O GOLPE.
Veja a Matéria que copiei do Portal IG logo abaixo.

Seleção hondurenha leva milhares às ruas de Tegucigalpa

País não se classificava a uma Copa do Mundo desde 1982, na Espanha, e graças a tropeço da Costa Rica estará na África do Sul

Redação iG Esporte e Gazeta Esportiva

TEGUCIGALPA (Honduras) - Vivendo uma crise política desde 28 de junho, Honduras parou nesta quinta-feira para comemorar a classificação da seleção nacional para a Copa do Mundo de 2010. Durante a tarde, os jogadores desembarcaram na capital do país, Tegucigalpa, para se encontrarem com o presidente em exercício, Roberto Micheletti. Entretanto, a polícia acabou sendo obrigada a intervir para apaziguar a eufórica população, que dificultou o trajeto até a sede do Governo.

AP
Hondurenhos sobem em ônibus para celebrar o feito futebolístico do país

Milhares de hondurenhos foram às ruas para comemorar o feito da seleção nacional, que não se classificava a um Mundial desde 1982, na Espanha. Antes do almoço com o presidente em exercício, o elenco participou de uma missa para agradecer a campanha vitoriosa nas Eliminatórias da Concacaf, deixando a Costa Rica, do técnico brasileiro René Simões, na repescagem contra o Uruguai.

Antes de encontrar o Micheletti, o herói da classificação, Carlos Pavón, comemorou a vaga e enfatizou que o triunfo dentro do campo serviu para "unir todo o país", apesar dos problemas políticos. Por sua vez, o presidente agradeceu ao time e ressaltou a "alegria" originada no país pela classificação à Copa do Mundo.

"Deus faz as coisas como quer, e esta é uma satisfação que ele deu aos hondurenhos", filosofou Micheletti, antes de decretar feriado nacional nesta quinta-feira. Comandante de Honduras dentro das quatro linhas, o técnico colombiano Reynaldo Rueda não escondeu a felicidade e surpresa com a enorme receptividade. "A chegada foi impressionante. Fiquei emocionado com o sofrimento das pessoas, apaixonadas por futebol", comentou.

O país vive uma crise política desde junho, quando um golpe de Estado retirou o presidente Manuel Zelaya do poder. Desde o ocorrido, o político se manteve refugiado na embaixada brasileira e, até o momento, não se manifestou publicamente pelo resultado histórico da seleção hondurenha de futebol.