quarta-feira, 26 de maio de 2010

O HOMEM INVISÍVEL


Dizem que JK, no auge da ditadura militar (1966), foi proibido de entrar no Distrito Federal, onde ele nem podia pousar seu avião na cidade que em pouco mais de cinco anos tinha inaugurado.
Só quem morou, viveu e ajudou a levantar BRASÍLIA naquela época sabe que não foi fácil construir uma cidade em 1000 dias. Mas não era uma cidade normal, era uma cidade futurística com quebra de paradigmas de ENGENHARIA, ARQUITETURA e LOGÍSTICA.
Brasília foi construída no meio do "NADA", sim; apesar de ter algumas cidades e povoados ao seu redor, foi feita não só a CIDADE em SI, mas também mais de 40000km de estradas para integrar todas as regiões do país a ela e trazer o poder que antes era centralizado no triângulo, MINAS, RIO e SÃO PAULO para o centro do país ou planalto central, para dar mais autonomia aos poderes executivo, legislativo e judiciário.
Brasília foi feita de forma absurdamente competente para os padrões da época, pensada e projetada em todos os detalhes. Quem que já foi a BRASÍLIA pode até não gostar, achar feia, mas deve concordar que é uma cidade que impressiona em muitos aspectos.
O nosso ex-presidente JK, proibido literalmente de andar pela a cidade e, de certa forma, exilado numa propriedade sua no entorno da cidade, resolveu vestir uma roupa surrada e colocar um chapéu de palha para andar por sua maior obra.
Era mais ou menos umas 10h da manhã quando ele começou sua caminhada na Praça dos 3 Poderes, passando pelo o Eixo Monumental, margiando os Ministérios e chegando na rodoviária VELHA. Olhou para
aquela "muvuca", queria abraçar a todos, mas ele tinha que permanecer invisível. Sentiu o cheiro de café e de
pão de queijo mineiro, que hoje faz parte do café matinal de quase todos os BRASILIENSES/CANDANGOS que tomam café em padarias. Pediu para um de seus acompanhantes comprar um pingado e um pão de queijo. Na
parte superior da rodoviária, pode ver seu grande feito pulsando, mas sem poder mostrar sua cara. Entra no carro com os olhos lacrimejando e vai embora. Assim como não foi notado em sua chegada, também não foi notado em sua saída.
Se isso é verdade ou não, JK levou com ele 10 anos depois em um acidente de carro.
PARA ESSE FINAL, O SEGUINTE:
Se isso é verdade, nesse dia, JK foi O HOMEM INVISIVEL.

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