terça-feira, 18 de agosto de 2009

LEI QUE ME BENEFICIA!


10 de Agosto de 2009
Projeto de lei prevê tarifa de telefone mais barata para gagos

O segundo encontro brasileiro de pessoas que gaguejam aconteceu no Rio de Janeiro, com uma sequência de depoimentos. Diogo Tita foi o autor do projeto de lei. O II Encontro Brasileiro de Pessoas que Gaguejam aconteceu no Rio. Uma fonodióloga explicou que a gagueira é genética e só tem cura na infância.

Sempre que se fala em gagueira todo mundo começa a rir. Será que isso é ruim?

“É muito ruim. Tanto que o slogan da nossa campanha é ‘Gagueira não tem graça, gagueira tem tratamento’", afirma a fonoaudióloga Daniela Zackiewicz.

Daniela Zackiewicz preside a Associação Brasileira de Gagueira (Abragagueira): "Meu marido é gago. Tenho duas filhas. Gagueira é genética. Minhas filhas também são gagas".

“Na infância ainda é possível curar a gagueira, com uma intervenção precoce. Na idade adulta não”, explica.

Fantástico - Você sabe quando você ficou gago?

“Eu fiquei gago depois de um susto que eu levei de um sapo. Eu estava brincando no quintal e o sapo pulou no meu pé. Depois desse fato, eu voltei a falar gago”, conta Júlio Neto, farmacêutico.

"A pessoa não nasce gaga, ela nasce com a possibilidade de desenvolver o distúrbio, uma vez que é um distúrbio hereditário. Durante a vida ela pode desenvolver ou não. Eu acho triste quando alguns gagos fazem graça disso. Tem a gaga de Ilhéus. Isso é muito negativo", explica a fonoaudióloga Mônica Pereira.

“a gagueira é descrita desde o Antigo Egito, na verdade antes. Na Bíblia, tem um trecho que Moisés pedindo a Deus que tire a trava da língua dele”, conta Mônica.

E não só Moisés. Charles Darwin, Winston Churchill, Machado de Assis, Nelson Gonçalves, Julia Roberts, Bruce Willis e Marillyn Monroe.

O deputado Diogo Tita, de Mato Grosso do Sul, trouxe uma boa nova: ele apresentou um projeto de lei propondo uma cobrança diferenciada, mais barata, para os telefones de pessoas gagas. Ao falar no telefone a pessoa pode demorar mais tempo.

“Os adolescentes ficam mais inseguros em chegar na menina e gaguejar. Normalmente eu falo pra eles que isso não importa, o que importa é a pegada”, explica a fonoaudióloga Daniela Zackiewicz.

“Sou casado, minha esposa não é gaga. Meus filhos não são gagos. Meus pais não são. Deve ser algum tataravô desgraçado. Nunca atrapalhou a vida pessoal, afetou mais a profissional. Mas isso deve ser esse charme, uma coisa natural minha”, conta Roberto Galvão, publicitário.

“Eu acho que a sociedade precisa de uma vez por todas encarar, de frente, a questão das pessoas com necessidades especiais. E respeitá-las como elas merecem”, afirma Júlio Neto, farmacêutico.

Fonte: Fantástico/ TV Globo

Um comentário:

Leonardo Macieira disse...

Realmente, o projeto de lei não é tão disparatado quanto parece. A desinformação sobre gagueira é que o faz parecer assim.

Talvez aqueles que criticam o projeto comecem a mudar de opinião depois de assistir a este curta-metragem: http://www.youtube.com/watch?v=Y6bzpvjvy3k