segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Qual o Valor de 1.000 pés de Laranja para 21 mortos?

Primeiramente: antes de mais nada quero deixar bem claro que apoio o MST mas não concordo com a forma como eles conduzem.
Segundo: o fato do ocorrido não justifica o outro
Terceiro: assim como os dois orgãos que vou me referir a seguir tem pessoas preparadas e passado honroso como tem uma pequena parte que acaba com toda uma filosofia ou planejamento.
Extrai dois textos um da WIKIPEDIA e o outro da agência O GLOBO de noticias.
Vendo a TV realmente fiquei chocado com aquela imagem de um trator derrubando aqueles pés de laranjas, para ser mais exato 1.000 pés no universo de 1 milhão de pés, que passaram 5 anos de cuidados e manejos para ser produtiva.
Segundo os sem terras disseram que derruabaram as arvores para plantar feijão (Manifestantes negam ter destruído laranjal Os manifestantes dizem que apenas cortaram algumas árvores para plantar feijão).
Mas por hora vamos esquecer essas desculpas e voltar ao ano de 1996 onde ocorrereu mas precisamente município de Eldorado dos carajás (PA) onde foram mortos 19 sem terras na mesma hora e mais 2 mortos em decorrência do do ATAQUE DA POLICIA MILITAR LOCAL. O Evento ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás.
Bem vamos a uma simples Matemática a imprensa Chamou de Barbárie ver o Trator passando por cima de 1000 Grandes Pés produtivos de Laranja. Alguns programas matinais das grandes emissoras,(esses mesmo que falam sobre culinária, moda e fofoca dos famosos), falaram até em um grande crime ambiental e social.
Agora você divida 1000 por 1000.000 de árvores que dá o resultado de 0,1% de pobres pés de Laranja.
Agora voltando ao massacre, que você pode ler melhor abaixo os dois textos, faça uma conta de 1.500 sem terras entre eles 21 vitimas, Seres humanos que se tiveram ou ainda iriam ter uma vida pela frente, e divida por 19, vamos deixar os 2 de fora pois morte sequelas não conta chegaremos a uma porcentagem baixa também que é de 1,27%.
É a mesma coisa de um pequeno bloco dessas "MICARETAS" pelo o Brasil a fora, carnavais fora de época, com 1.500 pessoas composto por classe média e se revoltasse contra a POLICIA MILITAR e a mesma começassem a atirar e matarem 19 amigos ou pessoas de seu convívio direto ou indireto.
Então não venham condenar um movimento por uma ação irresponsável esse mesmo movimento tem muito mais histórias bonitas do que mortes de simples 1.000 plantas cultiváveis que em 5 anos estaram produzindo outra vez.
E Também não vamos condenar toda a policia do Brasil por atos isolados e nem mesmo as ONG´s que envolvem os sem terras.
Então quanto vale 1 vida em comparação a 1000 pés de Laranjas?


MST destrói, com trator, pés de laranja de fazenda invadida em SP

O Globo - 06 de outubro de 2009



TRATOR É flagrado derrubando pés de laranja; de acordo com a polícia, pelo menos mil foram destruídos

SÃO PAULO. Invasores do Movimento dos Sem Terra (MST) destruíram pelo menos mil pés de laranja de uma fazenda no Centro-Oeste paulista. Eles querem forçar a desapropriação da área, que é produtiva. A sede foi tomada pelos sem-terra, que fecharam a entrada e picharam a portaria. A empresa que administra a fazenda entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse, já concedido pelo juiz.

Imagens feitas a partir de um helicóptero mostram o momento em que um trator derrubou tudo o que encontrou pela frente.

De acordo com a polícia, pelo menos mil árvores foram danificadas pelos sem-terra. Na fazenda há um milhão de pés de laranja plantados.

Manifestantes negam ter destruído laranjal Os manifestantes dizem que apenas cortaram algumas árvores para plantar feijão: - Não destruímos nada, retiramos os pés de laranja para garantir o plantio de feijão porque ninguém vive só de laranja - afirmou Claudete Pereira de Souza, coordenadora do movimento.

A Justiça tinha determinado a saída do grupo da área, mas, segundo os coordenadores do MST, a decisão que estava na esfera estadual passou para a federal. Eles informaram que continuarão no local sem prazo para sair.

A empresa dona da plantação não se manifestou sobre as imagens. A assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que as terras da fazenda não pertencem à União.

Segundo os sem-terra, a propriedade é considerada improdutiva, apesar do plantio de laranjas.

O processo de desapropriação não tem prazo para ser concluído.



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O Massacre de Eldorado dos Carajás foi a morte de dezenove sem-terra que ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul doPará, Brasil decorrente da ação da polícia do estado do Pará.

Dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Estado do Pará. O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodoviaPA-150, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado.

Cruz marca o local do massacre em Eldorado dos Carajás

O episódio se deu no governo de Almir Gabriel, o entãogovernador. A ordem para a ação policial partiu do Secretário de Segurança do Pará,Paulo Sette Câmara, que declarou, depois do ocorrido, que autorizara "usar a força necessária, inclusive atirar". De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os policiais chegaram ao local jogando bombas de gás lacrimogêneo. Os sem-terra revidaram com foices, facões, paus e pedras. A polícia, acuada pelo revide inesperado, recuou atirando - primeiramente para o alto, e depois, como os sem-terra não se intimidaram e continuaram o ataque, a policia atirou na direção dos manifestantes. Dezenove pessoas morreram na hora, outras duas morreram anos depois, vítimas das seqüelas, e outras sessenta e sete ficaram feridas.

Segundo o legista Nelson Massini, que fez a perícia dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados. Sete lavradores foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões.

O comando da operação estava a cargo do coronel Mário Pantoja de Oliveira, que foi afastado, no mesmo dia, ficando 30 dias emprisão domiciliar, determinada pelo governador do Estado, e depois liberado. Ele perdeu o comando do Batalhão de Marabá. Oministro da Agricultura, Andrade Vieira, encarregado da reforma agrária, pediu demissão na mesma noite, sendo substituído, dias depois, pelo senador Arlindo Porto.

Uma semana depois do massacre, o Governo Federal confirmou a criação doMinistério da Reforma Agrária e indicou o então presidente do Ibama, Raul Jungmann, para o cargo de ministro. José Gregori, que na época era chefe de gabinete do então ministro da Justiça, Nelson Jobim, declarou que "o réu desse crime é a polícia, que teve um comandante que agiu de forma inadequada, de uma maneira que jamais poderia ter agido", ao avaliar o vídeo do confronto.

O então presidente Fernando Henrique Cardoso determinou que tropas doexército fossem deslocadas para a região em 19 de abril com o objetivo de conter a escalada de violência. O presidente pediu a prisão imediata dos responsáveis pelo massacre.

O ministro da Justiça, Nelson Jobim, juntou-se às autoridades policiais e do Judiciário, no Pará, a pedido do governo federal, para acompanhar as investigações. O general Alberto Cardoso, ministro-chefe da Casa Militar da Presidência da República, foi o primeiro representante do governo a chegar a Eldorado dos Carajás.

Índice

[esconder]

[editar]Um dos responsáveis

No começo de maio de 1996, o fazendeiro Ricardo Marcondes de Oliveira, de 30 anos, depois, responsabilizando o dono da fazenda Macaxeira pela matança. Ele o acusou de ter pago propina para que a Polícia Militar matasse os líderes dos sem-terra. Ele mesmo teria sido procurado para contribuir na coleta. O dinheiro seria entregue ao coronel Mário Pantoja, comandante da PM de Marabá, que esteve à frente da operação que resultou no massacre. Nenhum fazendeiro ou jagunço foi indiciado no inquérito da Policia Civil, mas esta testemunha foi indiciada por falso testemunho. Na ocasião, o advogado Juvelino Strozake, do MST, em São Paulo, reagiu afirmando ironicamente "que só está faltando o delegado indiciar os 19 lavradores que foram mortos pela polícia".

[editar]Envolvidos

Desenho ilustrando o massacre.(Autor:Carlos Latuff)

Os 155 policiais militares que participaram da operação foram indiciados sob acusação de homicídio pelo Inquérito Policial Militar (IPM). Esta decisão foi tomada porque não havia como identificar os policiais que executaram os trabalhadores rurais. Em outubro do mesmo ano, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, determinou que a Polícia Federal reconstituísse o inquérito, pois estava repleto de imperfeições técnicas. Neste parecer, Brindeiro diz ainda que o governador Almir Gabriel autorizou a desobstrução da estrada e que, portanto, tinha conhecimento da operação. No final do ano, o processo, que havia sido desdobrado em dois volumes, ainda estava parado no Tribunal de Justiça de Belém, que trata dos crimes de lesões corporais, e no Fórum de Curionópolis, que ficou encarregado dos homicídios. Todos os PMs continuavam impunes.

[editar]Memorial

O Monumento Eldorado Memória, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para lembrar as vítimas do massacre dos sem-terra, inaugurado no dia 7 de Setembrode 1996, em Marabá, foi destruído dias depois. Um dos líderes dos sem-terra do Sul do Pará afirmou que a destruição foi encomendada pelos fazendeiros da região. O arquiteto disse que já esperava por isto. "Aconteceu o mesmo quando levantamos o monumento em homenagem aos operários mortos pelo Exército na ocupação da CSN, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro", comentou.

[editar]Ligações externas

5 comentários:

Aline disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Aline disse...

Não sei você já assistiu, de qualquer forma fica a dica... o documentário "O Sonho de Rose" relata a história de uma mulher morta durante manifestaçõs do MST, também a invasão da fazenda Annoni aqui no RS e explica muitas coisas sobre o Movimento.

Magui disse...

Eu vi e li tudo a respeito.Não me posiciono claramente sobre a reforma agrária pq sou metropolitana e não conheço a vida do campo.E, também não somos obrigados a ter opinião sobre tudo. Entretanto o episódio de Carajás ficou claro que a multidão dos miseráveis ( conduzidos ou não por terceiros interessados na guerra armada no campo)partiu para cima dos soldados do Pará, armados de paus, foices e etc, os acuando de forma que, armados com revólveres 38, acionaram os gatilhos, matando quem estava na frente. Qualquer um na mesma situação faria o mesmo e a lei os protege na excludente da legítima defesa.O erro foi a falta de planejamento do comando que mandou a tropa para o enfrentamento sem preparar ou esperar tal desfecho.
Também, eu acho que quem vai pra cima da polícia não está esperando que lhes joguem flores.Por isso, eu acho que estes pobres coitados foram usados como massa de manobra por gente interessada em desestabilizar uma democracia ganhestra, da época.
Se eu estivesse no juri absolvia os militares.Na dúvida pró réu.

Unknown disse...

Bem Magui se você leu na wikepedia vai ver que teve pagamento para tal ação da POLICIA... Assim como essa "MASSA" foi usada os MILITARES "SOLDADOS" foram usados ... Dezenove pessoas morreram na hora, outras duas morreram anos depois, vítimas das seqüelas, e outras sessenta e sete ficaram feridas.
Segundo o legista Nelson Massini, que fez a perícia dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados. Sete lavradores foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões... então faça o seguinte procure ver no you tube as imagens que vc vai ver que mesmo após recuando e acuados os soldados por ordens dos corruptos continuaram atirando....
Não quis dizer nesse post que os sem terras estavam certos tanto num caso como no outro ... o que eu quis dizer que as TVs deram muita atenção a 1000 pés de Laranjas... E hoje tá começando a ser apurado que aquela derrubada podem não ter sido os sem terras ... e sim mesmo... Os proprios empregados da FAZENDA... e aquelas maquimas que mostraram destruidas ... na verdades eram maquinas Sucateadas... Sabe gosto desse contraditório pois assim trocamos informações...

Anônimo disse...

Assistindo a tv, vi o comentário de uma pessoa ao meu lado que ficou horrorizada com o ocorrido segundo a narrativa comovente da mídia do mercado, a mesma mídia que não comove, quando apenas informa que milhares de hectáres de florestas são desmatados.